domingo, 28 de janeiro de 2018

Livro: TRAGÉDIAS DE SHAKESPEARE - Parte 1 (Romeu e Julieta e Hamlet)

Olá gente bonita! Tudo bom com vocês? Comigo está ótimo, principalmente porque hoje venho falar de uma obra maravilhosa, de uma pessoa maravilhosa. 

Recentemente a Nova Fronteira (CASE-SE COMIGO, NOVA FRONTEIRA) lançou um box sensacional com as grandes obas de Shakespeare, e hoje eu venho falar do primeiro livro... Bom, não do primeiro livro inteiro. Vou explicar o por quê.

O box é dividido em três livros: Tragédias, Comédias e Peças Históricas. O primeiro, Tragédias, tem quatro peças famosíssimas, e hoje falarei apenas das duas primeiras dele. Em um outro post, falarei das outras duas. Bora lá então?

Resenha Último Ato!
  • Grandes Obras de Shakespeare, Volume 1: Tragédias
  • Romeu e Julieta, Hamlet, Otelo e Macbeth
  • Autor: William Shakespeare
  • Editora: Nova Fronteira 
  • 608 páginas
  • 1ª Edição – 2017
Sinopse:
Considerado o mais influente dramaturgo do mundo e o maior escritor em língua inglesa, William Shakespeare é, sem dúvida, um mito. Sua obra, de caráter universal e eterno, subverte ao tempo, atravessando gerações e deixando um legado de reflexão acerca da natureza humana e dos dramas que a afligem.
Tendo vivido o auge do que hoje se conhece como teatro elisabetano - época de ouro da cultura inglesa -, o Bardo, também um exímio poeta, encontra na dramaturgia sua maior expressividade.
Neste primeiro volume de suas grandes obras estão contempladas as peças mais icônicas do gênero que o consagrou, a tragédia: Romeu e Julieta, que se tornou a história de amor por excelência; Hamlet, que revela intensa crise do sujeito que pondera sobre "ser ou não ser"; Otelo, o Mouro de Veneza, que aponta a ribata para a traição e o ciúme; e Macbeth, que expõe ao homem suas próprias mãos sujas de sangue.
Esta edição especial, organizada pela professora Liana de Camargo Leão, especialista e pesquisadora da obra de Shakespeare, conta com a tradução consagrada da ensaísta e crítica de teatro Barbara Heliodora.
Primeiramente devo dizer que resolvi fazer a resenha deste livro em duas partes porque não acho justo passar por  essas obras incríveis de Shakespeare sem falar melhor sobre cada uma delas. Em um próximo post, falarei de Otelo, o Mouro de Veneza e Macbeth, mas agora vamos ver um pouquinho mais sobre Romeu e Julieta e Hamlet.


Romeu e Julieta no balcão da casa dos Capuleto, pintura por Ford Madox Brown,
1870.
Romeu e Julieta

Creio que, não vou dizer que todos, porém a maioria das pessoas sabem como essa história começa e termina. É uma das obras mais famosas de Shakespeare, se não for a mais famosa dele, com infinitas adaptações de todas as formas possíveis. Porém nunca é demais reler e relembrar.

Os Montéquios e os Capuletos são inimigos. Ninguém sabe ao certo o que originou a briga entre essas duas famílias, só que se odeiam mortalmente. A peça começa com um embate entre os dois lados, mesmo que não feito por membros das famílias em si, mas por seus criados. Isso mostra o quanto esses valores, essa ideia de rivalidade já tomou conta de muitos que nada tinham a ver com que provavelmente aconteceu.

Romeu, um Montéquio, está doente de amor por uma mulher que não o corresponde, e nem tem intenções de que isso aconteça. Ele vai então a um baile de máscaras e lá conhece Julieta, uma Capuleto, a qual se apaixona perdidamente. Seu amor é prontamente correspondido, embora ambos saibam que é, de certa forma, proibido.

Durante a história vemos diversas juras de amor, extasiadas, bem apaixonadas mesmo. É preciso olhar este momento com calma por ser uma história de uma época com costumes e cultura diferente da nossa, e vale a pena o esforço.

Romeu e Julieta se casam em segredo, e é em um confronto que ele mata o primo de Julieta, e isso faz com que este Montéquio precise exilar-se. Sua esposa, agora doente pelo luto do primo e de saudade do marido, recebe a notícia do pai de que ela deverá se casar com Páris, o parente do príncipe, tentando evitar assim uma desgraça maior.

Essa edição está linda de doer! Imagem: @annymourac
É desta forma que nos encaminhamos para o famoso final, que como eu disse no começo, a maioria deve conhecer, mas vou evitar contar aqui, caso alguém ainda queira ter a surpresa e o gostinho de lê-lo. (Sim, e parem com isso de que "depois de um tempo, não é mais spoiler". Vamos deixar os coleguinhas que não conhecem, conhecerem por conta própria).

Li Romeu e Julieta pela primeira vez a quase uma década, e reler agora que mais madura em questão de literatura (opa, que chique falar isso hahaha) traz uma experiência mais vívida e mais prazerosa. Não é minha história favorita de Shakespeare, mas ainda assim é um marco na vida de quem lê.

A evolução de um Romeu apaixonado, de uma Julieta dedicada e de duas famílias que encaram os fatos depois de uma tragédia é motivo suficiente para se ler esta obra.

Horácio, Hamlet e o fantasma. Pintura de Henry Fuseli, 1798
Hamlet

Ah, Hamlet... Ser ou não ser? Eu não consigo explicar em palavras o quanto eu amo essa peça, de verdade. A construção dela, os acontecimentos, a história central, tudo sem igual.

Desta vez estamos na Dinamarca, onde o rei, pai de Hamlet, faleceu há dois meses. Seu tio tomou posse do trono ao se casar com sua mãe, um mês apenas após o acontecido. Hamlet ainda sente muito a perda do pai, a qual foi caracterizada como um acidente. O rei dormia em um jardim quando uma cobra venenosa fez dele sua vítima.

A história começa quando alguns soldados em sua guarda, avistam o fantasma do rei. Eles tentam comunicar-se com ele, descobrir a que veio, mas não conseguem ter sucesso. Então avisam a Hamlet sobre o que viram, e ele fica determinado a ver o que aquilo quer dizer, o que a alma do pai quer.

É revelado neste encontro, que o que aconteceu nada teve de acidente. Cláudio, tio de Hamlet havia assassinado o próprio irmão, casou-se com a rainha e tornou-se rei da Dinamarca. Tudo havia sido planejado. Hamlet inicia então, a pedido do fantasma de seu finado pai, o plano de vingança contra o tio.

Somos levados a nos questionar até onde Hamlet finge loucura para conseguir atingir seu objetivo, e até onde de fato ele está perdendo seu juízo. Ele se torna obsessivo em seu plano de tal forma, que chega a até recusar a amada, em uma cena onde podemos ver seu momento épico sobre ser ou não ser.

Os personagens, inclusive os secundários, são maravilhosamente bem construídos. Vale a pena demais ler, mergulhar nesta história de vingança e limites do ser humano. Aliás, pensamos também sobre os escrúpulos do homem, até onde ele vai por causa de uma determinação.

William Shakespeare.
Shakespeare é um ícone, e esta frase chega a ser redundante. Esse primeiro volume do box está lindo de uma forma surpreendente. Na capa temos "Ellen Terry as Lady Macbeth" de John Singer Sargent (sim o autor da incrível e polêmica pintura "Madame X", que amo de paixão), e tudo no livro é atrativo para quem gosta de uma boa leitura.

Páginas amareladas, pegada bem lisinha, a diagramação está ótima - a leitura flui muito mais rápido neste modelo teatro - temos introduções muito explicativas e bem diretas no começo de cada obra, de Barbara Heliodora, e a tradução está impecável.

A escolha de peças para este primeiro volume foi muito boa, inclusive. Quatro peças das mais famosas de Shakespeare, já para introduzir com maestria quem não conhece ou quem já conhece o autor. 

Não, não estou ganhando nada para elogiar a Nova Fronteira, (patrocina a tia aqui, Nova Fronteira sua linda), mas como eu já disse, as edições dela são maravilhosas. Vale a pena demais!

Por hoje eu vou ficando por aqui, mas espero que tenham gostado! Nos vemos no próximo post, e no próximo sobre este volume lindo também. Até lá!

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5 comentários:

  1. Saudações, Anny!
    Sabe, nunca li nada de Shakespeare, aliás, lembro de uma adaptação de Romeu e Julieta em quadrinho com um acabamento de primeira, mas nem esse eu li todo, eu era muito miúdo na época e não me interessei. Tenho em pdf, mas quero mesmo é o livro! Hehehe
    De Hamlet eu só conhecia a frase famosa mesmo, nunca pesquisei pela historia, mas pela resenha vi que é muito bom e também quero!

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    1. Esse box da nova fronteira é lindo demais, você precisa dar uma olhada. É paixão à primeira vista!
      Hamlet é minha peça favorita desse livro de tragédias. É maravilhosa!
      Obrigada pelo comentário, Danilo <3

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  2. Hello dear, good afternoon. I am following yout blog back already. I'm using "Anny Moura" there. Be welcome!

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  3. Como é mesmo fascinante as obras de Shakespeare, um dos maiores, se não o maior dramaturgo da história. Amei a resenha, fiquei interessadissimo por esse box, e aguardo ansiosamente pela próxima resenha sobre as outras duas obras. Já tive oportunidade de ler o Mercador de Veneza e amei. <3

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    Respostas
    1. As obras de Shakespeare são de uma beleza extraordinária! Sempre se tratando de algum assunto muito profundo, fazendo com que a gente reflita sobre eles. Que bom que gostou!

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