Resenha
Último Ato!
- Título Original: Man On The Run – Paul McCartney In The 70s
- Autor: Tom Doyle
- Editora: LeYa
- 352 Páginas
- 1ª Edição – 2014
“Biografia de Paul McCartney revela um dos períodos menos conhecidos e mais conturbados de sua vida : os anos 1970.
"Na verdade tento levar uma vida bem normal. (...) A única anormalidade é ser Paul McCartney."
Estamos na década de 1970 e Paul McCartney, um dos artistas mais famosos do mundo, está deprimido. Com o término dos Beatles, o músico se sente perdido e arruinando, e não tem forças sequer para sair do quarto. Aos 27 anos, a pergunta que lhe atormenta é se conseguirá reconstruir sua vida, aprendendo a conviver com a responsabilidade de ser um ex-Beatle.
Man On The Run é sobre recomeços. Por meio de registros históricos e entrevistas feitas pessoalmente com McCartney, o livro retrata uma década na vida do músico. Com declarações reveladoras, Macca relembra a época em que se tornou o líder de uma nova banda, a Wings, comenta a dura decisão que o levou a processar os Beatles, a constante pressão para o retorno da banda e a forma como retomou a relação com John Lennon, além da dificuldade em, mais tarde, lidar com a morte trágica do amigo.
O livro revela como a coragem, a determinação e o autoconhecimento de Paul levaram-no a superar o passado, redescobrir seu talento e a seguir em frente, tornando-se um dos mais famosos e respeitados músicos da atualidade.”
Quem me
conhece sabe o quanto sou fascinada por Beatles e pelos anos 60 em geral.
Resolvi então estrear a área de Música do blog com uma biografia sobre o Ex-Beatle, Paul McCartney.
Não conheço outras biografias só sobre os anos 70 de Paul, que foram bem conturbados, uma
tentativa quase frustrante de recomeço após o fim de sua banda – uma das
maiores e mais conhecidas do mundo, então fiquei super animada com essa de Tom
Doyle. Começando por essa capa maravilhosa, de uma das minhas fotos favoritas
de Paul, que já me ganhou de cara.
No fim dos
anos 60, tudo parecia dar errado. Brian Epstein, o empresário dos Beatles,
havia falecido em 1967 de overdose acidental, e era ele quem cuidava de
absolutamente TUDO para os Fab4. Isso com certeza foi um choque e desestabilizou
a banda.
Os Beatles
estavam na Índia quando souberam da notícia, tentando descansar e ter um
momento de paz. Foi no retorno para a Inglaterra que Paul de certa forma “tomou
as rédias” da banda, tentando manter tudo sobre controle.
Porém o fim
era inevitável, ainda mais depois da chegada de Allen Klein para tomar conta
dos negócios da banda. Paul sempre foi contra à contratação de Allen, porém
John, George e Ringo foram “seduzidos” por Klein. Aquele sem vergonha
miserável.
Então a banda
dissolveu-se. Não havia mais volta – todos estavam traumatizados demais com
brigas, com a Beatlemania, com tudo. Não tinha como consertar, e cada um foi
para seu canto, trabalhar em suas próprias músicas, esperando apenas tudo se
ajeitar para desfazer a parceria legalmente.
É então que
Paul se refugiou com Linda McCartney na sua recém comprada fazenda.
Tom Doyle
escreve tão bem que você nem percebe as páginas voando. Ele nos conta como
foram os dias, meses da depressão de Paul pós fim dos Beatles, como Linda o
ajudou a reerguer-se, como Wings, sua nova banda começou.
Algumas fotos do livro. Tom Doyle, 2014.
E, para a
felicidade dos fãs, conta como Paul e John aos poucos refaziam sua amizade,
além de viverem na sombra da pergunta “Irão os Beatles se reunir novamente?”
Fala dos
conflitos com todas as formações da Wings e todos os problemas que enfrentaram,
como o assalto na Nigéria onde chegaram a ameaçar Paul com uma faca em seu
pescoço, ou a prisão de Paul no Japão após desembarcar no país com maconha na mala. Essa prisão juntamente com a morte de Lennon em 1980, fizeram com que
Paul parasse de fugir, de “tentar esconder” as sombras do passado, e viver mais
como ele mesmo, mais “normal”.
“A única anormalidade é ser Paul McCartney”, diz Paul.
No fim do
livro, temos ainda uma Discografia Selecionada de Paul na década de 70, sendo
discos solo dele, com Wings ou com o nome de “Paul McCartney and Wings”. Até “Paul
and Linda McCartney” está na discografia, com singles listados logo em seguida.
A pesquisa de
Tom Doyle é super admirável, inclusive as fotos contidas no livro são lindas.
Doyle nos mostra um Paul líder, um Paul compositor, um Paul pai. Espero que ele
escreva um “Paul McCartney nos anos 80”, “Paul McCartney nos anos 90” e por ai
vai, que certamente eu irei ler – hahaha
Nota: de 0 a
5 estrelas – 4,8
Onde comprar:
Paul e Linda McCartney, 1970s.
Não conhecia o livro, ótima resenha, me deixou curioso para lê-lo. Continuem com o excelente trabalho, está cada vez melhor!
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