Série: SHERLOCK - Steven Moffat e Mark Gatiss

Olá pessoas! Sim, Anny está nos posts de quarta também agora. E sim, vamos falar de Sherlock Holmes de novo, desculpa, é a última vez. Mentira, não é não.

Hoje eu venho falar sobre a série Sherlock, a grande série Inglesa que demora eternidades para gravar uma nova temporada e mata os fãs do coração tem índices de audiência super altos e grandes premiações.

Então vamos ao que interessa!

Nome original: Sherlock

Criadores: Steven Moffat e Mark Gatiss

Exibição original: BBC One

Gênero: Policial 

Duração: 90 min

Número de episódios: 9 

Lançamento: 2010

A série Sherlock é, sem dúvidas, intrigante. Digo porque um fato a diferencia de outras adaptações das obras de Conan Doyle. Primeiro: eu detesto quando fazem adaptações e usam essa própria palavra pra dizer que é quase obrigatório mudar toda a história de uma obra pra que encaixe na tela. Claro que é preciso fazer uma modificação ou outra, mas mudar tudo e até as vezes nomes de personagens dá uma pequena vontade de desanimar das coisas. (Espero que os roteiristas de Anjos e Demônios entendam isso como uma indireta daquelas que parecem um tapa na cara).

Bom, retirando de cena o fato de eu detestar adaptações, podemos falar que a série Sherlock me surpreendeu tanto que não consigo mais parar de assistir. Sim, sou dessas pessoas que se amam uma série ou filme, assistem repetitivamente até o fim dos tempos. E o fato que para mim a diferencia das outras adaptações é que: nela você compreende perfeitamente a mudança das coisas.

A icônica abertura. Mais conhecida como: meu wallpaper.

Ambientada no século XXI, temos uma Londres atual com um Sherlock completamente apaixonante. Ele tem todas as características que Conan Doyle colocou em suas obras, é extremamente inteligente e rápido em suas deduções e ao mesmo tempo irritante e lento quando o assunto é relações com outros seres humanos. Doutor Watson também não passa para trás. Exatamente como eu imaginava - dizendo pelo físico, salvo que está sem o característico bigode, é a "parte afetiva" de Sherlock.

Sobre as diferenças claras e perceptíveis no primeiro momento: nope, não temos telegramas. Sherlock comunica-se agora por mensagens de texto em seu celular. Sem carruagens, também - o que seria bem nada a ver contando que a série passa no século atual - ah, e Watson não escreve mais suas experiências com Sherlock em um jornal, e sim em um blog pessoal.

Sherlock também tem seu blog, e confesso que só de abrir ele começo a dar risada. Ele explica claramente como faz para deduzir tudo:

Isso é o que eu faço:
1. Eu observo tudo.
2. Daquilo que observo, eu deduzo tudo.
3. Quando eu elimino o impossível, o que quer que sobra, não importa o quão louco pareça, deve ser a verdade.

Bem explicativo: você observa tudo depois deduz tudo. Obrigada por esclarecer, Sherlock!
E sim, o número 3 da lista é uma frase do próprio Conan Doyle.

Então, continuando. Sem carruagens - agora temos os lindos e modernos carros.
Os personagens de Conan estão todos lá. Desde nosso querido detetive Lestrade, o irmão de Sherlock: senhor Mycroft Holmes, até a sedutora Irene Adler - que gente, ficou bem safadenha provocativa lá.

Mas eu preciso abrir um ponto especial para o senhor vilão da história, Moriarty. Ah, Moriarty. Devo dizer, meus queridos, que não existe ator melhor pra fazer Moriarty que Andrew Scott. Impossível aquele cara ser tão bom - EU ESTOU FALANDO BEM SÉRIO.

Andrew Scott como Moriarty.

Esse filho da mãe faz com que a gente queira dar um tiro na testa dele, e ao mesmo tempo abraçar o ator. Que atuação mais incrível! Moriarty aparece e eu não sei se choro, se desligo, se saio correndo pela rua... Melhor vilão. Desculpem, voltando à normalidade.

Claro que pra mim o super ultra destaque foi Andrew, porque esse cara fazendo um vilão muito perturbado igual Moriarty é coisa de outro mundo. Porém não dá pra negar que Benedict Cumberbatch junto com Martin Freeman fazem uma dupla que ninguém bate. Além de Watson completar Sherlock na trama, os atores parecem se conhecer há séculos, tamanha naturalidade e sintonia existente entre eles. 

Ta, mas ai entra a pergunta: se é uma adaptação, o que tem a ver com os livros de Conan, além dos personagens? Tudo! É uma releitura dos casos de Conan. Desde "Um Estudo em Vermelho", passando por "Os Planos do Submarino Bruce-Partington", "O Signo dos Quatro", "O Cão dos Baskerville", "Um Escândalo na Boêmia"... Todos com uma cara moderna e com episódios com cerca de uma hora e meia cada um. 

Até agora temos três temporadas - com um especial a ser lançado no próximo dezembro, mas falarei dele em seguida - com três episódios cada. Farei um breve resumo de cada, vamos lá:

Primeira temporada (2010):

Ep01: A Study in Pink - Sim, veio direto do "Um Estudo em Vermelho" de Conan Doyle. Nele, Watson conhece Sherlock e o apartamento cujo vão dividir. Ele tem seu primeiro contato com o mundo "Sherlockiano" se é que essa palavra existe, e Sherlock o convida para ir verificar o chamado de Lestrade. O primeiro caso dos dois juntos é uma série de mortes que claramente são suicídios. Sherlock não se contenta e descobre que está com um Serial Killer bem em suas mãos. Com a "ajuda" da última vítima, eles conseguem chegar até o autor dos crimes. Episódio escrito por Steven Moffat.

Ep02: The Blind Banker - Sherlock é contratado por um antigo conhecido para desvendar o mistério de um assalto a um banco. Com todas as dificuldades que se pode ter, acabam chegando a uma gangue chinesa bem perigosa. Escrito por Stephen Thompson

Ep03: The Great Game - Ah! Ah! Episódio lindo! Quem aparece pela primeira vez? Sim, ele. Jim Moriarty. Não preciso dizer muito, né? Moriarty obriga Holmes a desvendar uma série de crimes para que como recompensa ele não mate pessoas aleatórias com bombas. Não vou contar o final, acalmem-se. Mas o suspense dele é muito. Tanto que Sherlock, Watson e o próprio Moriarty estão quase morrendo também. NÃO DEI SPOILER, Ó! Esse episódio foi escrito por Mark Gatiss.

Segunda temporada (2012):

Ep01: A Scandal in Belgravia - Claramente vindo de "A Scandal in Bohemia", traz para nós a linda Irene Adler. Sherlock tenta recuperar de Irene, uma dominatrix conhecida como "A Mulher", fotos comprometedoras dela com um membro da Realeza Britânica. Escrito por Steven Moffat.

Ep02: The Hounds of Baskerville - Baseado em "The Hound of the Baskerville", um dos romances mais famosos de Conan Doyle. Nesse episódio, as investigações acontecem em uma base militar. Henry Knight é um rapaz que viu seu pai ser morto vinte anos antes por um cão gigante em Dartmoor. Sherlock e Watson vão investigar o que realmente aconteceu - e temos uma linda participação de Lestrade. Episódio escrito por Mark Gatiss.

Ep03: The Reichenbach Fall - Baseia-se na história "The Final Problem" e temos Moriarty seguindo seu plano de descredibilizar e matar Sherlock Holmes. Esse episódio merece dez minutos de aplausos, por favor. É sério. Obrigada. Escrito por Steve Thompson.

Terceira temporada (2014):

Ep01: The Empty Hearse - Dois anos depois da "morte" de Sherlock, Doutor Watson está aprendendo ainda a levar sua vida. Tem uma nova namorada - Mary! - e pretende se casar com ela. Porém, Londres está perto de sofrer um ataque terrorista, e Sherlock vê que sua volta é necessária. Outro episódio que merece aplausos. Ah, e Sherlock merece mais socos. Roteiro por Mark Gatiss.

Ep02: The Sign of Three - É o casamento de Watson e Sherlock precisa engolir o "medo" de fazer um discurso: é o padrinho. Entretanto, deve estar atento ao mesmo tempo: um perigo ronda a recepção e alguém pode morrer durante ela. Cabe a Sherlock fazer seu discurso, descobrir o assassino e pará-lo. Roteiro de Steve Thompson.

Ep03: His Last Vow - Sherlock encontra o "Napoleão da chantagem" que sabe de suas falhas pessoais e está envolvido em um incidente envolvendo cartas roubadas. Episódio escrito por Steven Moffat.

Martin Freeman e Benedict Cumberbatch. Fonte: sherlockbrasil.blogspot.com

Devo ressaltar, também, que além de um dos criadores da série e um dos redatores, Mark Gatiss faz o papel de Mycroft Holmes, irmão de nosso querido Sherlock.

Falando agora sobre o especial de Dezembro, teremos um digamos "episódio solto" que não tem muito a ver com a série. Digo isso porque esse sim passará no século XIX. Ouvi boatos de que tem possibilidades, inclusive, de passar nos cinemas do Brasil. Eu não perco por nada!

Aqui o trailer do especial!

Sim! Watson de bigode. Sim também! Sherlock sem seus cachinhos. E oi, chapéu.

Se eu pudesse falar mais sobre essa série, ficaria até amanhã digitando, ou mais. Realmente recomendo, é uma super produção. E antes, preciso fazer um pedido: gente, ela acontece no século XXI. É um pouco difícil no começo para nós viciados em Conan Doyle e acostumados com o século XIX na história nos "acostumarmos com tanta tecnologia", mas segurem um pouquinho. Não vão se arrepender!

E uma última linha: querem visitar o blog do doutor Watson? 

• Clique aqui

E para o blog de Sherlock,

• Clique aqui

(PS: Ambos são atualizados conforme vemos na série. Segundo o site da BBC, quem os mantém é Joseph Lidster).

E para finalizar, só mais um dia comum na vida do detetive e do médico. Estrelando Sherlock e Watson (e alguns figurantes).

SH: Não tenho certeza que posso ser incomodado com isso mais. Vocês parecem estar muito mais interessados no blog de John. Nenhum de vocês têm lido minhas análises sobre as cinzas de tabaco, por isso tirei daqui.

theimprobableone: Eu prefiro ler seus pensamentos do que as tagarelices dele.

Jacob Sowersby: Oh Meu Deus! John adicionou um de meus vídeos no blog dele!

theimprobableone: O QUE? PORQUE ELE NÃO USOU UM DOS MEUS?!?! IDIOTA!!

John Watson: *comentário excluído*

theimprobableone: *comentário excluído*

Claramente um Sherlock ciumento. hahaha

Então, assistam Sherlock, é o que eu quero dizer no final. E uma nota de 0 a 5 que dou para essa produção, claramente é nota máxima: 5! Vocês podem assistí-la no Netflix.

Agora é aguardar o especial de dezembro e a próxima temporada, que está prevista para 2017 (isso mesmo, mais uma longa espera. Fazer o quê, né?).

Até o próximo, pessoas!