quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Filme: ATÉ O ÚLTIMO HOMEM - Mel Gibson

De volta com as resenhas sobre filmes, hoje estou trazendo para vocês uma produção maravilhosa que demorei, mas finalmente consegui assistir. Bora lá?






Título: Até o Último Homem
Título original: Hacksaw Ridge
Ano: 2017
Direção: Mel Gibson
Gênero: Guerra, Drama, Biografia
139min








Até o Último Homem é um filme biográfico que conta as experiências do Soldado Desmond Doss (Andrew Garfield) durante a Segunda Guerra Mundial, na batalha de Okinawa, no Japão. Desmond nasceu em Virgínia, nos EUA, filho de um ex combatente da Primeira Grande Guerra que enfrenta problemas com o alcoolismo e de segurar seus impulsos violentos.

Dois acontecimentos importantes na vida de Desmond, um quando ele ainda era criança, onde em uma briga como irmão, acabou acertando-o com um tijolo e deixando-o inconsciente; e outro quando evitou que seu pai batesse em sua mãe, o fizeram prometer a si mesmo que não iria jamais machucar ou tirar a vida de alguém. 


É após o ataque de Pearl Harbor que Desmond decide alistar-se no exército, mas como um objetor de consciência. Ao deixar claro que não irá jamais pegar uma arma, sofre violência, perseguição, represálias, mas isso não tira sua determinação.

É com a permissão de ir para a guerra sem precisar dar um tiro que Desmond começa sua saga para salvar até o último homem que for possível. 

O filme é surpreendente de todas as formas. Ele não esconde os perigos da guerra, não evita de te mostrar o que os próprios soldados devem ter visto durante as batalhas. Há cenas fortes de pessoas levando tiros, perdendo membros do corpo, muito sangue e vísceras à mostra. É isso mesmo, é para chocar, para mostrar uma realidade nua e crua de como tudo aconteceu. 


O relacionamento de Desmond com o irmão e com a futura esposa também é bem mostrado no filme. Mais com a esposa neste caso: como a conheceu e como ela foi importante para cada passo que ele deu durante a batalha.

Para quem não conhece o termo, um "Objetor de Consciência", um objetor é uma pessoa que segue seus princípios, sejam eles éticos, religiosos e/ou morais, sendo assim, incompatível com o serviço militar e forças armadas em geral. Desmond foi o primeiro Objetor de Consciência a ganhar a medalha de honra na guerra (segundo pesquisas, primeiro e único).

A parte onde Desmond pede a Deus: "Me ajude a salvar mais um..." lembrou-me de Oskar Schindler quando, ao ter que partir para um exílio no fim da guerra, confidencia para um dos judeus que ajudou a salvar que poderia ter feito mais, não achando que fez o suficiente (você pode ver a resenha do filme de Steven Spielberg, "A Lista de Schindler" clicando aqui, ou do livro "A Lista de Schindler - A Verdadeira História de Mietek Pemperclicando aqui). 


O filme é forte, é marcante e eu digo não apenas pela história de Desmond, mas por tudo que a fez ir para as telas como foi. O resultado é maravilhoso - e a mixagem de som é impecável - sem contar a atuação de Andrew Garfield que é recompensadora. 

Desmond Doss é um homem de muita fé e isso é claro. Porém, em momento algum no filme ele tenta colocar sua religião na cabeça dos outros, ou a forçar os demais (e a nós) a acreditar no que ele acredita. Ele apenas faz o que foi ali para fazer, acreditando em si e em Deus. Mais um ponto positivo para o filme!

No Oscar de 2017 o filme foi indicado a melhor filme, melhor diretor para Mel Gibson, melhor ator para Andrew Garfield, melhor edição de som, melhor mixagem de som e melhor edição, tendo levado o prêmio nas duas últimas categorias. É um filme longo (pouco mais de duas horas), mas vale a pena, confie em mim.

Continuo gostando muito de ler/ver/aprender mais sobre a Segunda Guerra, e para quem gosta de filmes nessa temática, Até o Último Homem é super recomendado. Aliás, até para quem não gosta, você pode se surpreender.


Já disse e repito: é um filme forte, cenas marcantes e muita ação. Recomendo muito!

E por hoje vou ficando por aqui. Espero que tenham gostado, bom filme para vocês e nos vemos na próxima!!

Se você ainda não segue o blog e nem curtiu a nossa página no facebook, é só ir no menuzinho aqui do lado do post e se inscrever. É grátis e me ajuda bastante!!

8 comentários:

  1. Matar alguém, mesmo que um desconhecido da trincheira inimiga, deve ser horrível, Desmond conviveu com isso graças ao seu pai, provavelmente isso também o influenciou a não querer matar.
    É uma ótima recomendação de filme e Desmond sem dúvida mereceu receber mais essa homenagem, o feito dele foi surreal.
    Valeu, Anny!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Foi uma homenagem incrível para um verdadeiro herói. Lindo filme! <3

      Excluir
  2. Maravilhoso esse filme, me emociono só de ler essa resenha, que por sinal está ótima. Parabéns Anny! E quando o filme é bom dá vontade de assistir de novo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Léia <3 que bom te ver por aqui de novo!! E fico feliz que tenha gostado da resenha!
      Esse filme é incrível. não é? Impossível não se emocionar.

      Excluir
  3. Lembro que fiquei bastante curioso pra assistir esse filme na época, principalmente por ser um filme de guerra e dirigido pelo Mel Gibson, e pelo visto ele não fez feio mesmo. Confesso que assisti sem saber do que se tratava o filme, nem conhecia a história de Desmond Doss, o que me surpreendeu. Sua luta pelo que acreditava foi realmente algo grandioso, sendo capaz de fazer o que poucos fariam, que é arriscar a própria vida pelo próximo.E não sendo pouco, no filme há momentos que salva a vida até mesmo de japoneses, que são inimigos. Gostei muito apesar de ter ficado com a sensação que não faria o mesmo kkkkkk.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É uma coragem danada que ele teve, não é? Lembro que acho que foi você quem me puxou a orelha porque eu estava demorando para ver o filme hahaha
      Mas aqui está. é uma história muito marcante e tocante, de verdade. Também não sei se eu conseguiria fazer o mesmo.

      Excluir
  4. Acho que é um dos melhores filmes que vi. Quando leio que um filme será baseado em fatos reais, automaticamente chama a minha atenção, adoro ver como os adaptam para a tela grande, acho que são as melhores historias, porque não necessita da ficção para fazer uma boa produção. Gostei muito de Até o último homem, não conhecia a história e realmente gostei, acho que é um dos melhores filmes de Mel Gibson é muito bom! É impossível não se deixar levar pelo ritmo da historia, achei um filme ideal para se divertir e descansar do louco ritmo da semana.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Esse é um filme sensível e bem marcante, praticamente impossível não se emocionar com ele! Obrigada pelo comentário, Ana! <3

      Excluir

Comente! Sua opinião é importante para nós!

A equipe responderá todos os comentários assim que possível. =)
Comentários ofensivos serão apagados e seus usuários denunciados.