Música: MAS POR QUE MÚSICA CLÁSSICA?

Olá pessoas, tudo bem com vocês? Comigo tudo está tranquilo. Estive pensando sobre algumas coisas que eu gostaria de falar aqui no blog, e uma das que mais repetiu em minha cabeça foi justamente uma das perguntas que mais me fazem em todos os lugares que vou. Por que justo a música clássica tem um papel fundamental em minha vida?

Antes de qualquer coisa, quero deixar claro que não vou comparar estilos musicais aqui, menos ainda tentar convencer alguém a ouvir o mesmo que eu. O que você ouve, lê, assiste, pensa, é subjetivo. É você. Então da mesma forma que estarei contando aqui uma experiência pessoal, sintam-se à vontade para compartilhar a de vocês também, desde que isso seja feito respeitando os demais. 

Agora sim, vamos lá!

Wolfgang Amadeus Mozart. Imagem: Gifcat

Inicialmente, como eu já mencionei algumas vezes aqui no blog (como no post "Uma Vitrola em Minha Vida", que você pode ler clicando aqui) se hoje eu não consigo passar um dia que seja sem ouvir música, eu herdei isso dos momentos incríveis ao lado da vitrola com meu pai. Ele me introduziu na música da forma dele, do jeito que ele gostava, e na medida em que fui crescendo, fui sendo encorajada a ir além. E aí entra música clássica.

Em Julho de 2010 eu assisti pela primeira vez a um filme de Chaplin, Luzes da Cidade (Limelight, 1931). Eu estava completando 15 anos de idade e mesmo já conhecendo por alto muitas músicas clássicas, eu nunca de verdade havia parado para ouvi-las e tentar absorver o que elas tinham a me dizer. Em Limelight eu vi o poder de uma trilha que nada fala com palavras, mas com melodia.

Foi assim que me aprofundei na vida de Chaplin (que eu assumidamente amo muito), e comecei a buscar mais sobre aquilo que acompanhava seus filmes da era muda como um personagem principal de mãos dadas com o Tramp de Charlie. Sim, é a mesma pessoa que ama as melodias loucas e nada convencionais da New Wave que está falando: e é essa a parte mais curiosa sobre o assunto. 

Imagem: Giphy

Eu não gosto muito de músicas que tenham letras melancólicas, tenho preguiça, na verdade. Acho que só me permiti ouvir algo do tipo com as baladas de Beatles e Coldplay (essa última, só com os discos do começo de carreira). Eu gosto de algo bem agitado, e por isso New Wave/Synthpop dos anos 80 me representam tão bem. (Já fiz duas publicações sobre o estilo e você pode clicar aqui para lê-las). Por isso pode parecer que Música Clássica, - sim, a das orquestras, - não tem nada a ver comigo. Mas tem.

Depois de começar minha pesquisa sobre Chaplin, eu também comecei minha pesquisa sobre os maiores nomes desse estilo. Mozart, Chopin, Beethoven, Debussy, Tchaikovsky... E assim como a Chaplin, me apaixonei pela história deles, o contexto em que eles estavam e o que queriam transmitir nas composições. Fui descobrindo que música clássica me transmite paz, calma. Ela, mais que qualquer outra coisa, consegue me fazer parar, respirar fundo e tentar de novo nos momentos complicados.

Estudei bastante sobre meditação, e sim, já fiz até meditação transcendental. Ao meditar ouvindo uma melodia dessas, embora o melhor seja meditar no silêncio, eu me sentia cada vez mais leve. Música clássica também me ajuda nos estudos: se eu coloco algo para tocar onde alguém canta, eu começo a cantar junto e me distraio. Quando os vizinhos estão com o som alto, eu estudo minhas matérias da faculdade ao som de violinos. Me desliga da realidade e ajuda na concentração.

Pyotr Ilitch Tchaikovsky

Minha resposta é: a música clássica me faz sentir melhor, mais leve, mais tranquila. Me faz limpar a cabeça de problemas e começar a pensar como seria se eu tomasse outro caminho. Eu gosto de coisas que me fazem pensar - por isso tantas e tantas bandas que aparentemente não falam nada, mas na verdade falam de tudo. 

É de se imaginar que meu compositor favorito seja Mozart. Ou "Mozão" como eu vivo chamando-o. Hahaha. Fiz uma resenha sobre uma minissérie que conta sua vida, você pode lê-la clicando aqui. A história dele, como começou precoce na vida de músico, os momentos históricos pelos quais passou, a forma que sua vida terminou, tudo é de uma rapidez e intensidade absurdas. Eu me emociono com suas composições assim como me emociono com composições de Chaplin, de Eine Kleine Nachtmusik, passando por Piano Concerto N. 20 até Lacrimosa, em seu Requiem não finalizado.

Coisas assim me fazem questionar se a vida imita a arte ou se ela é a própria arte.

Frédéric Chopin.

É preciso ressaltar outra pessoa envolvida em música clássica que me faz viajar longe sem precisar sair de casa. Claramente estou falando do maestro André Rieu e sua orquestra maravilhosa. Acho difícil assistir a alguma apresentação dele sem me divertir, e de tudo, o que mais gosto de ver é sempre o olhar orgulhoso dele, o sorriso espontâneo e a forma como ele se diverte regendo a orquestra e tocando seu violino. 

Palavras de uma apaixonada. hahaha!

Há dois aplicativos para smartphone (não, não estou fazendo propaganda e nem recebendo pelo post), que também envolvem música clássica e são meus amorezinhos. Um é o Piano Tiles 2, onde o próprio nome já diz: tocamos a música no piano do aplicativo e ganhamos moedas, vidas e etc, enquanto podemos competir com outras pessoas (tocar Moonlight Sonata nele e ganhar 3 coroas é quase impossível), e o outro é O Pianista, que tem praticamente o mesmo objetivo, só que com gráficos melhores. Tem toda aquela ideia de construir uma carreira nesse último, comprar pianos e ainda competir com o ranking. 

Piano Tiles 2, imagens da lista de músicas e do jogo em si. Imagem: YouTube.

O Pianista, imagem da pontuação do jogador em cada composição de Bach e embaixo podemos ver a pontuação em outros compositores. Imagem: Google Play.

Ambos os aplicativos são os que não fico sem. Por mais que não seja tão boa em Moonlight Sonata em algumas músicas, eu vivo jogando neles sempre que posso. Fica a dica para quem tem interesse! Ambos são gratuitos e estão disponíveis na Google Play (é preciso checar a disponibilidade para iPhone).

André Rieu e orquestra - Nona Sinfonia de Beethoven.

Então, aqui está mais uma curiosidade sobre minha pessoa. Meus estilos musicais favoritos são, para muitas pessoas, opostos, mas para mim se encaixam muito bem. Devo dizer que o assunto música é de fato algo bem marcante para mim. Procuro não falar sobre isso na verdade, o que eu gosto e o que eu ouço para muitas pessoas, porque a cota de ouvir dizerem: "você tem que ouvir coisas novas" ou "nada contra, mas o que você ouve é ruim" já se esgotou. Por isso o aviso do começo do post, porque é complicadíssimo ter que ouvir esse monte de bobagens.

Eu acho muito importante quando alguém curte uma música e a leva para momentos e fases da vida. Sejam eles bons ou ruins, acho que ter algo a se apegar é muito bom, justamente por servir como uma válvula de escape. Goste você de pop ou punk, eletrônico ou seja lá o que for, sendo algo que te faz bem e não mal, é importante sim.

Hoje eu trouxe esse post para falar sobre mais uma coisa que amo, e abrir também o leque para novas publicações sobre o assunto. Como já fiz resenha sobre a vida de Mozart, já fiz publicações especiais sobre New Wave, Synthpop e BRock, agora pretendo trazer mais sobre música clássica também.

André Rieu sendo uma fofura. Só não é mais Mozão porque não é Mozart.

Por hoje é isso meus amores, não vou entrar muito em detalhes sobre a vida dos compositores ainda justamente porque quero fazer isso com mais espaço em próximos posts. Espero que tenham gostado de ler este assim como gostei de fazê-lo! 

E você, tem algum estilo musical, ou música que toca seu coração daquele jeitinho? Conta pra mim ai nos comentários! Espero você no próximo post. Até lá!

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