domingo, 5 de junho de 2016

Série: MONK - Andy Breckman

Não, eu não assisto apenas obras policiais. Mas não vou negar de forma alguma que são minhas favoritas. Só que em Monk, a série que vamos falar hoje, não é apenas uma série policial igual todas as outras... Ela ultrapassa essa barreira. Vamos lá?

Imagem: morangonomel.wordpress
Criada em 2002 por Andy Breckman, Monk começou a ser exibida no Brasil em 2003. Na trama, conhecemos o detetive Adrian Monk que é brilhante nas deduções e excelente no que faz. Porém um "acidente" com sua esposa acaba por ficar sem respostas, e sequer Adrian consegue resolver com o que foi dado nas evidências.

Com isso, Monk fica tão perturbado que desenvolve dezenas de fobias que juntas quase deixam ele na beira do ataque de pânico a cada segundo: medo de leite, ele é claustrofóbico, germofóbico, tem medo de alturas, enfim, é uma lista enorme.

Fora tudo isso, ele ainda tem TOC. Sim, o verdadeiro TOC - tudo que faz tem que ser perfeito. Se come e usa um prato apenas, ele tem que lavar esse prato sozinho na lavadora - mesmo na época da crise da falta de água. Suas roupas são todas iguais, perfeitamente passadas e alinhadas, sua casa é extremamente limpa - ele literalmente aspira até o teto - sem contar que até os cadarços de seus sapatos ele passa.

Imagem: Tumblr.
Isso não o impede de continuar com uma mente brilhante. Arrisco dizer que até ajuda - ele está tão preocupado com os detalhes que vê coisas que ninguém vê. Sabe que uma garota encontrada em casa morta não cometeu suicídio porque ela é baixa, mora sozinha e a cadeira da mesa de seu computador está abaixada até o limite, indicando que alguém muito mais alto estava ali algumas horas antes. Isso também porque o teclado da máquina está completamente limpo, mostrando que quem quer que estivesse ali por último, estava tentando esconder algo desesperadamente.

Claro que todas essas coisas que Monk tem chegam a atrapalhá-lo em algum momento. Perde suspeito porque tem medo de altura e ficou travado no topo de uma escada, seus pensamentos ficam um caos porque a sujeira do local do crime é tanta que ele quase sai correndo, enfim. É realmente uma série sensacional.

Vemos também o papel fundamental da terapia em Monk. Sua interação com seu psiquiatra é sensacional, e acabamos dando altas risadas com esses dois juntos.


Dá pra se emocionar demais com essa série, e se hoje faço graduação em psicologia, um dos fatores determinantes para essa escolha foi acompanhar Monk. É fascinante ver sua evolução - ou sua tentativa contínua de evoluir seu quadro - e quando algum detalhe muda e ele se sente confortável com isso, meu coração chega a quase parar. 

Devemos também salientar a participação de Tony Shalhoub, que foi fora do igual pra mim. A expressão corporal desse ser humano não tem explicação. Quando comecei a assistir Monk - que foi na mesma época que comecei a assistir House (acompanhe a resenha de House clicando aqui), e também maratonei nas férias de fim de ano 2015/2016 - eu cheguei a imaginar que Tony também tinha TOC e as fobias que Monk tinha, tamanha perfeição na atuação. Quando vi entrevistas com ele que notei o quão errada estava - e talvez isso tenha influenciado no meu choque ao começar a assistir o filme Sem Dor, Sem Ganho (falei dele no especial trinta filmes parte 3, clique aqui), que sinceramente é um filme muito ruim pra mim. 

Mas não tem como não apaixonar pela série, principalmente se você se interessa por obras policiais e/ou por questões psicológicas. É maravilhosa!

Eu sou apenas apaixonada por essa cena.
Imagem: Tumblr.
Da primeira à terceira temporada, a companheira de Monk que o auxilia em tudo é Sharona Fleming, que é enfermeira. Depois, por problemas contratuais com a atriz Bitty Schram, ela acabou deixando a série, e o lugar de ajudante de Monk foi dado à atriz Traylor Howard, na personagem Natalie Teeger. Sou obrigada a admitir que Natalie é para mim a melhor! Talvez seja porque não me adaptei muito bem ao estilo meio elétrico de Sharona, e porque Natalie é uma personagem mais sensível, mais calma. 

Outro detalhe também é o final da série, é tremendamente complicado escrever um final para uma série tão longa, e por mais que dê a impressão de a resolução do caso ter sido rápida demais - embora fosse em dois episódios - não dá pra negar que o roteiro dela foi sensacional. Chorei horrores assim como em House (olha a manteiga derretida) mas valeu a pena demais. Acho que até hoje é a que eu mais repriso, ganhando até de Sherlock.

Aliás, para não perder o costume - achavam que eu não ia puxar a sardinha de novo pro meu lado, né? - Andy Breckman, o criador, nos extras das temporadas, se não me engano da primeira, diz e reforça muitas vezes que Monk é uma homenagem, um tributo, uma espécie de Sherlock Holmes dos EUA. Claro que um Sherlock com alguns problemas hahaha e Sharona, posteriormente Natalie, são o "Doutor Watson" dele.  Sem contar uma coisa que achei sensacional e preciso compartilhar!

Imagem: Pinterest.
Li recentemente que o capitão Leland Stottlemeyer e o Tenente Randall Disher (que é chamado de Randall Deacon no episódio Piloto) são juntos uma versão de Lestrade da história de Sherlock, e seus nomes provam isso. Segue exemplo:
LE - Leland
ST - Stottlemeyer
RA - Randal
DE - Deacon

Pode ser uma viagem muito louca ao Fantástico Mundo de Bob, mas eu achei sensacional esse negócio.

Monk ainda tem um irmão que sim, tem fobias! Ambrose Monk (interpretado por John Turturro) é agorafóbico, ou seja, tem um medo fora do comum de sair de casa. Pra dizer a verdade, ele nunca sai. É de emocionar MESMO ver Monk passando por cima de suas próprias fobias por causa do irmão. Vou parar aqui senão dou spoiler hahaha

Imagem: Jacketflap
O último episódio de Monk foi exibido em 04 de Dezembro de 2009 nos EUA e a série toda possui apenas 125 episódios. É uma ótima maratona, e a série é para toda a família.

Então é isso meus amores, nos vemos no próximo!

3 comentários:

  1. Bela resenha Anny, essa série eu não conhecia e realmente me interessei muito por ela. Estou a assistir ultimamente Breaking Bad, não sei se você gosta ou já viu mas daria uma boa resenha também! :D

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    1. Ainda não vi, mas pretendo! Pretendo inclusive resenhar ela também hahaha Aguarde!!

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  2. Bela resenha Anny, essa série eu não conhecia e realmente me interessei muito por ela. Estou a assistir ultimamente Breaking Bad, não sei se você gosta ou já viu mas daria uma boa resenha também! :D

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