domingo, 22 de julho de 2018

Série: MONTY PYTHON'S FLYING CIRCUS - Monty Python

Vontade que tenho é de dar um beijo e pedir em casamento quem foi na Netflix que teve a brilhante ideia de colocar todos os 45 episódios desta série maravilhosa no catálogo. 






Título: Monty Python's Flying Circus
Título Original: Monty Python's Flying Circus
Ano: 1969 a 1974
BBC - Inglaterra
Gênero: Comédia, Comédia satírica, sketches nonsense









Assim que assisti ao primeiro episódio de Monty Python eu já comecei a pensar sobre infinitas coisas que eu gostaria de dizer aqui para vocês na resenha da série. Se isso já estava assim no primeiro contato, imagina agora, quarenta e cinco episódios depois?

O humor britânico é aquele negócio marcante que vocês conhecem bem. Satírico, sarcástico, nonsense e com aquela criticazinha que cutuca até quem não esperava algo do tipo. Temos isso tudo em Monty Python's Flying Circus, que até agora eu me pergunto por que demorei tanto para assistir.

ALBATROZZZZZ!!
Há esquetes que podemos dizer que são bem cultas, sim, com menções a filósofos, escritores, compositores de música clássica e momentos históricos. Eruditismo total - e ah, como eles sabiam fazer essas piadas. Você provavelmente deve conhecer o grupo Monty Python pelos filmes que fizeram, como A Vida de Brian, O Cálice Sagrado (conheci com uma cena desse filme, na verdade, o qual um professor de metodologia usou em sala de aula), entre outros, mas a série é carregada de piadas rápidas, animações incríveis e atuações fora do comum.

Os próprios esquetes às vezes eram interrompidos pelos atores ao serem considerados "bobos demais" (too silly), o que corta o clima e nos leva a outros esquetes - melhores ou não -, mas o importante é saber que: este não é um programa padrão de comédia

Você vai ver piadas com a própria abertura, ou a abertura próxima dos créditos finais - que também tem piadas muitas vezes. Nomes de episódios sensacionalistas feitos propriamente para chamar a atenção (e funciona!). O que dizer dos criadores do termo que usamos hoje em dia a todo momento, "spam"?

Ah, Michael Palin <3
O grupo não fazia piadas apenas com suas próprias piadas e momentos da vida - que podem ser julgados até como surrealistas -, mas também com a própria BBC, a todo momento brincando com a emissora e seus outros programas da grade. 

Todos os personagens são interpretados pelo quinteto sensacional de atores Michael Palin, John Cleese, Eric Idle, Graham Chapman e Terry Jones. O programa ainda conta com as ilustrações sensacionais de Terry Gilliam, que ou linkava um esquete no outro, ou simplesmente aparecia como algo independente mesmo. 

Eu queria falar de todas minhas esquetes favoritas, mas infelizmente não posso. Posso dizer, entretanto, que poucas vezes ri na vida tanto como ri com a esquete do Papagaio Morto (Dead Parrot), Ministro das Caminhadas Tolas (Ministry of Silly Walks), Clínica de Argumentos e a clássica "Nudge Nudge, Wink Wink, say no more". Vou deixar algumas durante os posts com legendas para quem não conhece, poder ver (e para quem conhece, matar saudade).


Michael Palin e John Cleese em: Dead Parrot.

Sobre os integrantes do grupo, é complicadíssimo dizer meu favorito. Porém é fácil dizer um ponto específico, que me faz lembrar de cada um. John Cleese, por exemplo, só de fazer uma expressão de quem não está entendendo nada, ou algo mais autoritário, eu já estou rindo. Imitando sotaques e gritando (como alguém no exército) é simplesmente impecável, inclusive. Eric Idle vestindo-se de mulher me enganou duas vezes (eu realmente achei que fosse uma), e ele é mais delicado com gestos muito característicos dele.

Terry Jones é outro que de mulher me mata de rir, e tem um jeitinho todo... "Perdido". Ele vestido de Hamlet foi uma mistura de muita fofura com muita graça. Michael Palin já li que é considerado a "escada" do grupo (aquele que dá o "terreno" para outro vir e finalizar a piada), mas ainda assim me encanta. (Aquela seção onde Anny suspira? Essa mesma. Ah, que sorriso, senhor Michael!). Graham Chapman é perfeito fazendo papel de autoridade, e seu "Stop that this is getting very silly" virou meu bordão para a vida. 

Para Terry Gilliam, o único americano do grupo, só elogios, suas ilustrações dão um toque a mais na série também, bem nonsense e bem bizarro. É como se cada um do grupo tivesse sido escolhido a dedo para fazer parte do Fying Circus.


John Cleese arrasando em: Ministry of Silly Walks.

O grupo foi o primeiro a levar para a TV esse tipo de humor surrealista e de piadas interrompidas - sem bordões, inclusive. Até aquela década, havia um programa de humor tão bizarro quanto, "The Goon Show", mas era no rádio e durou de 1950 a 1960. Na TV foi algo inédito: tanto a audácia em revolucionar o humor, quanto a liberdade que tiveram para isso.

Li uma vez que a BBC sequer chegava a revisar textos ou algo do tipo, deixando os meninos criarem como quisessem. Outro texto contava sobre uma fala em um dos esquetes terminava com "masturbação", e a censura mandou que tirassem esta parte (e detalhe é que falava-se de "estrangular animais" antes, mas tudo bem até ai, não é censura?), então Eric Idle perguntou ao "chefão" da BBC qual era o problema de "masturbação" estar no roteiro, completando com "o senhor não se masturba?". É, quem tem moral... haha

Ah, uma curiosidade é que dois episódios foram produzidos para a televisão alemã em 1971 e 1972 e nomeados como "Monthy Python's Fliegender Zirkus: Blödeln für Deutschland" e "Monty Python's Fliegender Zirkus: Blödeln auf die feine englische Art"


Eric Idle e Terry Jones na clássica "Nudge Nudge, Wink Wink"

Ah, como eu poderia ficar aqui o resto da semana digitando sobre Monty Python e ainda teria muito o que falar. Infelizmente, preciso encerrar por aqui. Gostaria de lembrar que a série completa pode ser vista na Netflix, assim como os filmes "A Vida de Brian", "O Cálice Sagrado" e "O Sentido da Vida", também do grupo.

Ah! E no último episódio da quarta temporada temos um esquete escrito por simplesmente Douglas Adams! Sim, o incrível escritor de humor ácido da série "O Guia do Mochileiro das Galáxias" (que você pode clicar aqui para ver as resenhas dos livros) também esteve envolvido com os meninos.

Abaixo deixarei uma esquete cheinha de bloopers (e meu vídeo favorito relacionado aos Python) como um maravilhoso encerramento para vocês. Esta série com certeza absoluta entrou na minha lista de favoritas de comédia. Espero que gostem tanto quanto eu adorei fazer esta publicação para vocês, nos vemos na próxima!!

Este está sem legenda, porém vale muito a pena ver John e Michael se embolando
com o bigode e as falas. Ahh <3

2 comentários:

  1. Ah, falou em comédia e você tem minha atenção!
    Conheço pouco do humor inglês, mas o que conheço sei que é bom.
    Na verdade conheço apenas Mister Bean e alguns filmes.
    Essa série eu não conhecia, nunca ouvi falar, mas me chamou a atenção e quero vê-la com certeza! ^_^

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    Respostas
    1. Chaplin era inglês! E Stan Laurel (o magro da dupla O Gordo e o Magro) também era inglês, ambos de Londres haha
      Certamente você deve gostar da série! Me conta depois o que achou <3

      Excluir

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