domingo, 27 de agosto de 2017

Filme: O GUIA DO MOCHILEIRO DAS GALÁXIAS - Garth Jennings

Então, como eu prometi na resenha do incrível livro de Douglas Adams (você pode ler a resenha dele clicando aqui), assisti a adaptação de Garth e cá estou com a resenha. Será que eu fiquei satisfeita nível adaptação de One Day do David Nicholls, ou nível Angels and Demons de Dan Brown?






Título: O Guia do Mochileiro das Galáxias
Título original: The Hitchhiker's Guide to the Galaxy
Ano: 2005
Direção: Garth Jennings
Gênero: Aventura, Comédia, Ficção Científica
110 min








Arthur Dent (Martin Freeman) é um terráqueo que está tentando proteger sua casa da demolição. A história começa exatamente minutos antes da destruição da Terra pelos Vogons, que pretendem construir uma via expressa que passa por onde o planeta está.

Ford Prefect (Mos Def), o amigo de Arthur, não tem nada de terráqueo - estava lá há quinze anos fazendo pesquisas para o Guia do Mochileiro das Galáxias, um livro que contém todas as informações necessárias para que um mochileiro faça suas viagens pelos planetas. Ele então descobre que a Terra será destruída, e resolve salvar seu amigo o levando para fora dela.

É lá que encontram a nave Coração de Ouro, roubada pelo presidente da Galáxia e começam uma viagem por diversos pontos.


O robô Marvin (interpretado por Warwick Davis
e dublado por Alan Rickman) e Arthur Dent (Martin Freeman)

Ah sim, por aqui vemos que o filme foi bem fiel ao livro, certo Anny? Bem, é... Errado. Vamos por partes.

Tentei não criar expectativas loucas sobre a adaptação, porque isso sempre dá problema, e sim, consegui. Fui assisti-lo de coração aberto. A primeira cena do filme é um "musical dos golfinhos" - não, você não leu errado - fazendo uma conexão com um dos capítulos do livro de Douglas, ao qual ele fala sobre os golfinhos estarem tentando nos avisar o tempo todo sobre a situação da Terra.

Essa cena eu fiquei meio com uma expressão de que "ok, vamos lá", e de qualquer forma, passou tranquila. Depois, o filme começou fiel ao livro na medida do possível, e mesmo com uma mudança ou outra - a que todos dizem ser necessária, e que certamente funcionou - aos 45 minutos mais ou menos eu comecei a não entender o que estava acontecendo mais. Sim, fugiram completamente da obra original.

Não é preciso começar a argumentar motivos de roteirista ou de diretor e afins, eu vou chegar lá. Estou nem na metade do filme ainda, vamos com calma.

Marvin, Arthur Dent e Trillian (Zooey Deschanel)

Uma adaptação da história foi feita de forma que personagens novos foram criados. Então eu comecei a me perder sem entender onde aquilo poderia chegar. Até que com uma hora e dez minutos de filme, mais ou menos, elementos do livro foram aparecendo novamente. As cenas no planeta Magrathea foram totalmente diferentes das que Adams criou.

Vamos tentar melhorar: tinham sim elementos do livro. Mas eu senti mais que eram "citação indireta" ou até "citação de citação".

A intenção do presidente Zaphod Beeblebrox (Sam Rockwell) em Magrathea do filme é diferente. Nele, inclusive, tem mais romance, (até meio que demais) e isso me deixou meio confusa também.

Mas tudo bem. Vamos falar dos pontos positivos do filme.

Ford Prefect (Mos Def) e o presidente Zaphod (Sam Rockwell)
Eu já imaginava Martin Freeman no papel de Arthur quando lia o livro. Principalmente porque eu achei ele meio Doutor Watson, personagem que Freeman faz na série Sherlock da BBC (para ler sobre, clique aqui). Então, no livro eu já o imaginava lá, e isso foi totalmente satisfeito no filme.

Sobre Ford, não creio ter alguém melhor para fazê-lo que Mos Def. O ator é engraçado naturalmente e deu um show na produção, de verdade.

Não podemos deixar de falar sobre o robô Marvin, onde Alan Rickman fez um excelente trabalho dando voz aquele ser depressivo e de mal com a vida (hahaha). É como eu disse, no começo a adaptação foi satisfatória, o que não me agradou muito foi o desvio da história, ainda mais que a série tem cinco livros e qualquer elemento nos outros quatro estava disponível para ser usado.

Então, usarei o mesmo argumento que sempre uso em Anjos e Demônios (e essa é a resposta para a pergunta inicial): se não ler o livro e ir direto no filme, você pode adorar e achar bem bacana a história. Ainda mais com atores tão bons envolvidos. O problema se dá quando conhece a obra original. Ai uma pulga do tamanho de Marvin gruda na orelha e uma interrogação fica estampada na testa.


É como eu sempre digo: como ninguém precisa ter as mesmas opiniões, eu recomendo que assistam o filme e tirem suas próprias conclusões. Tudo que eu queria dizer sobre está aqui, e é bom que cada um pense sobre a obra.

Então, quem já o assistiu, o que achou? Gostou do rumo que a história levou?

Eu vou ficando por aqui, e nos encontramos no próximo!



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