domingo, 14 de maio de 2017

Série: DIRK GENTLY'S HOLISTIC DETECTIVE AGENCY - Max Landis

Depois de conhecer O Guia do Mochileiro das Galáxias e ficar apenas apaixonadíssima por Douglas Adams, eu achei que não poderia ficar mais empolgada ainda com o trabalho dele. Assisti a adaptação em série de seu detetive Dirk Gently e posso dizer: eu estava enganada. Ah, e como é bom estar enganada neste caso.


  • Estreia: 22 de Outubro de 2016 (BBC America, EUA), 11 de Dezembro de 2016 (Netflix, Mundial)
  • Temporadas: 1
  • Episódios: 8
  • Criador: Max Landis
  • Produção: Parceria entre BBC America e Netflix
Todd (Elijah Wood) é um rapaz comum sem muitos atrativos e que está bem necessitado de dinheiro. Ele trabalha em um hotel onde o assassinato de um milionário e mais duas outras pessoas acontece, e junto com isso, diversas outras coisas ainda mais estranhas.

No quarto, sangue, muito sangue. Há algo que parece ser mordida de tubarão no teto. As pessoas estão partidas no meio, e o pior: Todd acaba se vendo envolvido.

Nesse meio tempo conhecemos o detetive holístico Dirk Gently (Samuel Barnett de Penny Dreadfull), que foi contratado para resolver o assassinato. Agora uma pausa, para conseguir entender mais ou menos quem ele é e o quê ele faz, é preciso que você saiba o que significa "holístico". Holístico, de acordo com o Dicionário inFormal é aquele que considera
 "(...) o todo, levando em consideração as partes e suas inter-relações."
Ou seja, o nosso detetive Dirk é um detetive fora do comum: ele não recolhe pistas, ele não está interessado em fazer perguntas aos envolvidos. Ele simplesmente considera o todo da situação e deixa com que o Universo o mova em direção à solução.

De volta à sinopse, Dirk surge "espontaneamente" (chega a ser irônico dizer isso) na vida de Todd, e fica a todo momento tentando convencê-lo de que é o universo que fez com que os dois se encontrassem, e insiste para que Todd seja seu assistente. 

Vencido pelo cansaço e em desespero para entender o que raios aconteceu - e está acontecendo - Todd acaba cedendo e se envolve em tanta coisa louca que nem consegue acreditar.

Gif: Tumblr
Mesmo se não dissessem que é uma história adaptada de uma criação de Douglas Adams, quem não conhece Dirk Gently saberia automaticamente que Douglas teve um dedo ai. Inicialmente porque Todd é muito semelhante a Arthur Dent em muitas coisas. Também porque no enredo acontece tanta coisa maluca que te deixa meio perturbado, que seria improvável não ter saído dele.

Um ponto importante antes de continuar: ainda (infelizmente) não li os livros sobre Dirk Gently. Pretendo fazê-lo o mais rápido possível, portanto, não terei como falar agora as diferenças entre o original e o adaptado.

A série fala muito dessa lógica tempo-espaço, e nos três primeiros episódios a gente acaba com uma interrogação tão grande na cabeça que a curiosidade por descobrir o que realmente acontece é quase que impossível de segurar. Para você que pretende assistir, um conselho: preste total atenção, porque tudo, sim, absolutamente tudo na série é uma pista. Pense como Dirk, holisticamente. (É sério, até um espirro é uma pista. Brincadeira. Ou não).

Há momentos cômicos fora do comum que dão a assinatura de Douglas à história também. Sobre o assassinato no hotel, eu diria que Quentin Tarantino aplaudiria a quantidade de sangue (ahahahahaha). Tudo vai se conectando e é uma delícia ir descobrindo as coisas durante a série.


Declaro Dirk Gently o melhor personagem ever.
Há muitos outros personagens incríveis na série. Tem grupo de arruaceiros, tem uma gangue onde todo mundo parece o vocalista da banda Midnight Oil (hahahaha eu não resisti), tem a Bart (que por mais que Fiona Douriff tenha feito uma atuação excepcional, eu não gostei muito da personagem, ela me incomodou muito às vezes), mas para entender mesmo o que acontece, só assistindo. Junto com Stranger Things e The Crown, Dirk Gently's é uma das séries que mais amei assistir de 2016.

E só mais um comentário antes de finalizar: lembra que na sinopse eu disse que Todd acaba "se vendo envolvido" no assassinato? Então. Se vendo. Literal, e tal. Sim.
Confuso? Eu sei. Assiste, é sério.


Agora parando um pouco de falar bem da série, eu realmente recomendo para quem curte os universos muito loucos criados por Douglas Adams, para quem curte detetives, ou para quem quer ver algo que realmente coloca a gente para pensar bastante sobre "o que está acontecendo ali, pelo amor de uma força superior". Aparentemente uma segunda temporada está encomendada já, e eu estou quase que não me aguentando de ansiedade.


Diz aí, Todd.
Espero que a resenha de hoje tenha deixado uma pulguinha atrás da orelha de vocês, que ela tenha mostrado o quão confusa no início e maravilhosa no fim é essa série. Sem contar as atuações maravilhosas e tudo tão bem feito na produção.

E com isso, me despeço por aqui. Nos vemos na próxima!

1 comentários:

Comente! Sua opinião é importante para nós!

A equipe responderá todos os comentários assim que possível. =)
Comentários ofensivos serão apagados e seus usuários denunciados.