Resenha Último Ato!
- Nome original: The Absolutist
- Autor: John Boyne
- Editora: Companhia das Letras
- 304 Páginas
- 1ª Edição - Ano 2012
Sinopse completa: Ver no site da editora
Breve sinopse: O Pacifista é um romance ambientado na primeira guerra
mundial. John Boyne nos apresenta Tristan Sadler que dificilmente não conquista o
leitor. Logo no começo, Tristan revela sua paixão por escrever.
Sadler viaja de trem
de Londres até a Norwich para entregar a Marian Bancroft cartas que ela havia
enviado para seu irmão Willian durante todo o tempo em que ele esteve lutando na guerra (e no treinamento antes dela).
Em cada capítulo temos um "bate e volta" no tempo: um em 1919 no encontro de Tristan com Marian, outro em 1916 na guerra. Entendemos qual era a verdadeira relação de Tristan com
Willian, e porque Sadler saiu de casa ainda pequeno.
É um romance desses que dá um gostinho de curiosidade cada
vez mais, instiga a ler. A cada capítulo uma revelação vem sendo
feita e no final, todas se encaixam perfeitamente.
John Boyne descreve como a guerra de trincheiras ocorreu, é
realmente uma máquina do tempo. Nos ajuda a entender as condições
de perigo extremo que os soldados eram obrigados a conviver, não só pelas armas do inimigo, como também, pelas doenças presentes naqueles lugares sujos.
Minha opinião: Eu procuro tentar não colocar todas minhas emoções quando
vou falar sobre certo livro, mas tem autores que não me deixam usar da neutralidade.
John Boyne me encantou primeiramente com "O Menino do Pijama
Listrado". Em seguida li “Fique Onde Está
e Então Corra”, mas foi ao fim de "O Pacifista" que eu tive certeza que ele
estava se tornando um de meus autores favoritos.
Sua escrita é maravilhosa. O livro se desenrola com uma
facilidade inimaginável. Ganhei-o de presente de aniversário - presente da mãe! - e
não posso deixar de demonstrar o quanto amei a história.
Tristan Sadler faz pensarmos em muitas coisas que viemos passando na nossa vida e que possam parecer o fim do mundo, mas na verdade não são. Seu sofrimento na guerra, o desfecho que o livro leva, são fora do
convencional, além de qualquer coisa que eu já tenha lido.
Eu particularmente não gosto de romances melados com finais
felizes. Eu gosto que os autores sejam criativos e 'me façam sofrer'. Sim, tem
esse lado meio masoquista nessa leitora (hahaha), mas para mim, é
preferível que o livro termine com um “não” ou um “pense no que acontece em
seguida” do que com um “sim – e foram felizes para sempre”.
Se eu chorei com O Pacifista? Eu gosto de sofrer com livros,
lembra? Exato. Minha paixão por Tristan foi profunda, e ele entrou na lista de
personagens favoritos, também.
Antes de ler O Pacifista eu li um livro (que por sinal não
era meu) e que parecia não terminar. Creio que farei uma resenha sobre ele
ainda – não estou certa. Nele a personagem chorava por causa de relacionamento à cada duas páginas, e isso estava REALMENTE me irritando. Eu quase NÃO peguei
esse de John Boyne para ler, de tanta decepção com o anterior. Porém ele me
acertou como um soco no rosto: a cada livro não tão bom, vem um incrível. E eu
definitivamente não estou pronta para pausar leitura por uma raiva!
Onde o livro entra?
- História: Como obviamente é notável, a carga de fatos históricos do livro é imensa. Torna-se facilmente compreensível as condições de “sobrevivência” nas trincheiras, como os soldados eram treinados e para quê.
“Não nos ensinaram a lutar, treinaram-nos para prolongar nossa vida ao máximo. Como se já estivéssemos mortos, mas, se aprendêssemos a atirar bem e ao usar a baioneta com cuidado e precisão, pudéssemos ter pelo menos uns dias ou semanas a mais. O quartel estava cheio de fantasmas. Isso faz sentido? Era como se tivéssemos morrido antes mesmo de sairmos da Inglaterra.”
- Psicologia: Não é nem preciso falar muito sobre esse detalhe. O sofrimento psicológico de Tristan é do início ao fim. (Literalmente... “Fim”). Não há como não analisar o sofrimento dele à fundo em cada linha.
Nota: De 0 a 5 estrelas, eu dou 15. (ahahahaha controle-se, Anny!)
Ok, darei 4,9.
Onde comprar:
Trincheiras, 1914. Fonte: http://9chistoria2014.blogspot.com.br/2014_07_01_archive.html
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